terça-feira, 27 de outubro de 2015

Tem dó de nós...





Não quero ser chato, mas sou de um tempo em que opinião era uma coisa só nossa e no máximo a dividíamos em calorosas conversas de boteco com os amigos.
Infelizmente, brasileiro adora imitar americano em tudo e longe de mim criticar a  “gloriosa” cultura norte americana, apenas não gosto nem me interesso pela cultura de gosto médio que nos obrigam a engolir garganta abaixo e acredito que minha opinião nesse tema não faz a menor falta e não interessa nenhum americano nem americanóide.
O que me faz escrever essas poucas linhas e que, dentre tanta coisa nefasta da cultura americana que copiamos, encontrei uma boa, agora copiamos também a transparência do preconceito deles e o discurso de ódio que fazem questão de ostentar e nós de fingir que não temos.
Antes, na minha inocência, pensava que o brasileiro era camarada com diferentes e diferenças, mas vejo que é um ledo engano. Com o advento das redes sociais em que se da opinião em tudo, fico estarrecido com o que leio nos comentários das postagens.
O meu povo que amo, agora vomita discursos de ódio, sexismo, homofobia, xenofobia, machismo, Caso Cunha e tudo que o meu pobre pensador nunca, nem em hipótese, pensou em jamais imaginar.
Caso Valentina, Caso Hytalo, Enem e Simone de Beauvoir (chocante incapacidade de interpretação simples de um pequeno texto) e tantas outras coisas, realmente não sei nem quero pensar no que isso tudo vai terminar.
Sou de um tempo em que via na televisão candomblecista e católica na missa da lavagem do Bonfim, do tempo em que o Brasil era estudado pela convivência pacifica entre as religiões, entre seres humanos. Agora um grupo que não ouso dizer o nome está empenhado em jogar isso tudo por terra e, pasmem! Está conseguindo! O que será de nós? Tenho medo da resposta.
É de se salientar também que muito jovens, que eram para contestar tudo isso foram inflamados, você sabe por quem, ao ódio gratuito do que é diferente do que não coaduna com o que ele pensa jovens! da para acreditar? Jovens odiando o diferente!
Gosto muito de dizer que um país que não investe em instrução, não sabe o preço da ignorância e o Brasil começa a pagar esse preço agora e os juros ainda serão altíssimos. Deus nos ajude.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Eu...





Meu nome é Cláudio de Moraes, Moraes com “e” não com “i” mas, como houve um erro em meu registro ficou assim mesmo, escrito errado, mas tudo bem. Nasci na Paraíba em 1980, mas creio que há algum erro em minha certidão de nascimento, porém essa é outra história. Falando de mim: Sou uma pessoa bem simples. Sou ciclotímico e às vezes não tenho a menor paciência com nada nem com ninguém, não gosto de pessoas que abusam da boa vontade das outras e de pessoas que também não sabem se colocar em seu lugar. Detesto do fundo do meu coração a falta de educação tão em voga hoje em dia, também não suporto crueldade, nem (a mais clássica de todas) falsidade. Odeio quem joga papel no chão, quem fala alto, gritos, deselegância etc., mas, tem dias que sou capaz de fazer todas essas coisas que elenquei que não gosto. Tenho algumas qualidades: sou muito fiel – em todos os sentidos - prezo muito minhas amizades e acredito no ditado “Melhor um amigo na praça do que dinheiro no banco”. Sou bem humorado, mas têm dias que nem eu me aguento (o lance da personalidade ciclotímica). Esse é meu terceiro curso universitário. Já fiz psicologia, fiz até o 8º período e não terminei (o motivo não caberia no texto). Fiz jornalismo, esse sim conclui e agora estou fazendo artes. Muita gente me pergunta por que desisti do jornalismo para ser professor e, sinceramente não tenho a resposta. Apenas acho que me identifiquei mais com a lousa do que com o microfone. Defeitos: Sou um pouco chato em determinados momentos, não tenho muita paciência com gente lenta (apresar de ser lento também) tenho uma preguiça de dar dó, em alguns momentos tenho dificuldade de expor minha opinião, sou preconceituoso (mas, quem não é). É aquela história, quem diz que é não é, e quem diz que não é é. E de uns tempos para cá acho que a humanidade mais não presta do que presta (eu inclusive). Qualidades: sou uma pessoa amiga de meus amigos, as pessoas que não tenho afinidade procuro ignorar a existência delas no globo - geralmente consigo -. Tento não falar mal do próximo - geralmente também consigo -, modéstia a parte sei cozinhar bem e tenho um excelente gosto musical, mas têm dias que não resisto a uma música bem brega- aquela!- Sou um bom amigo e costumo só dar minha opinião quando perguntado, ou seja, sou um bom ouvinte. Depois que cheguei aos trinta, gosto de programas mais leves como: Tomar um vinho com amigos, fazer um som na casa de amigos, comer com amigos, beber com amigos (isso mesmo, só com amigos). Então ou eu fico amigo ou não fico nada. No começo sou um pouco fechado, mas quando pego intimidade... se segura. Sou extremamente tímido e isso me prejudica muito, pois pareço mais chato do que realmente eu sou, apesar de ser meio chato mesmo, porém quando quebro minha resistência de bom escorpiano, fico dado, dado. Sou escorpiano, só que sem essa de signos e características astrológicas, porém, dou à cara a tapa... Sou muito ciumento, com tudo e com todos... Amigos, amores, cachorros, gatos, livros, discos, alfinetes etc. Gosto de música componho e hoje, vejo que meu professor de violão estava certo “Se você parar de estudar vai ficar preso e não vai evoluir no instrumento” Estou correndo atrás do tempo perdido. Acredito no amor, só que não mais no amor eterno e acho que, nos dias de hoje em que reina a devassidão a máxima é válida “Quem tem dois tem um, quem tem um não tem nenhum” vejo a solidão como uma coisa muito positiva, pois é importantíssima para por a cabeça em dia, eu mesmo preciso ficar só várias horas do dia para recuperar meu equilíbrio e diferente de muita gente, adoro minha companhia. Acredito que essa geração é uma geração perdida, mas tenho esperança que a próxima vai ser bem melhor e eles vão aprender muito com nossos erros. Tenho a péssima mania de só falar do que conheço. Detesto vulgaridade, mas sei que cada um tem as suas, eu inclusive, mas acho que elas deveriam ficar restritas ao privado e não serem expostas como hoje está na moda. Acho sofrível devassar a vida (alheia e a própria) em Redes Sociais e dizer todos os detalhes de como foi seu dia essas coisas, mas são os novos tempos e tenho que me adaptar. Tento não julgar as pessoas, só que hoje em dia com tanta coisa errada, fica difícil. Abomino a ignorância, principalmente a por opção e no tocante as religiões fico impressionadíssimo como a maioria diz que é de tal credo e não segue nada daquilo que é dito no culto ou na missa, inclusive creio que a missa ou o culto, enfim o que sejam viraram eventos de inclusão social (estive nos dois) e não servem mais ao que se destinam (olha eu ai julgando). Sendo assim, acredito mais em religiosidade do que em religião. Enfim esse é um pouco de mim, claro que omiti muitas coisas, mas o que está aqui é verdadeiro.

                                                              Inspirado em Danuza Leão